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Barcelona Gótica. Obras do Museu Diocesano e Catedral de Barcelona
A exposição Barcelona Gótica. Obras do Museu Diocesano e da Catedral de Barcelona, composta maioritariamente por pinturas sobre madeira, integra também outras obras de contextualização histórica e artística, e divide-se em oito núcleos: Barcelona Gótica; Barcelona e Portugal, uma relação permanente; A influência italiana: Os Bassa e Destorrents; Oficina da família Serra; A Catedral de Barcelona; O Gótico internacional e a família Borrasá; Bernat Martorell, um mestre na composição; Novos caminhos: Huguet e Bermejo.
A especial posição geográfica da Catalunha, aberta à influência da Península Italiana, com quem mantinha fortes contactos políticos e comerciais, e do mundo franco-flamengo, bem como um mecenato de grande dinamismo fizeram da Catalunha medieval um dos grandes espaços de produção da pintura europeia medieval. Com Portugal foram igualmente estreitas as relações, desde o casamento de Isabel de Aragão com o rei D. Dinis, em 1281. Mas foi a partir dos inícios do século XV que a intensificação das trocas comerciais, o interesse português na tecnologia marítima levantina e a competição por rotas comerciais que se criaram maiores pontos de contacto entre as duas costas opostas da Península.
Do conjunto de pintores ativos na época, em Barcelona, sobressaem as figuras pioneiras dos pintores e iluminadores Ferrer e Arnau Bassa, ligados à pintura italiana de Siena e do sul de Itália, de Ramón Destorrents, artista do círculo régio, de quem se guarda no Museu Nacional de Arte Antiga a tábua central do retábulo do Palácio Real de Maiorca, dedicado a Santa Ana e a Virgem, e os quatro pintores da família Serra, Francesc, Jaume, Pere e Joan.
A aproximação progressiva ao gosto do Gótico internacional, com influência da pintura franco-flamenga, tem nos pintores da produtiva oficina da família Borrasá alguns dos seus protagonistas, estendendo-se a sua influência a Aragão e a Valência. Assinala-se ainda, nesta exposição, a emergência da oficina de Bernat Martorell, que irá dominar a pintura barcelonesa no segundo quartel do século XV, e a arte de Jaume Huguet e de Bartolomé Bermejo. A união das coroas de Aragão e Castela, em 1479, abrira entretanto o mercado aragonês à influência dos pintores castelhanos, de que Bermejo é um dos melhores exemplos. A sua pintura, que mantém ainda uma grande afinidade com a arte flamenga apresenta, por outro lado, uma grandiosidade dada pela presença monumental das figuras que, na Península Ibérica, só encontra paralelo na arte de Nuno Gonçalves.
Referência: IPPBLIV23374301
Dimensões: 328pp
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26,50€
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