Direção-Geral do Património Cultural

O tema de Maria Madalena no deserto foi várias vezes abordado por Ticiano e pelo seu atelier. Esta é a versão mais tardia, assinada e datável de c.1560, geralmente considerada a melhor de toda essa série de Madalenas penitentes.
Conhecida como “Madalena Barbarigo”, a pintura encontrava-se no atelier do pintor aquando da sua morte em 1576 e, alguns anos depois, seria vendida pelo filho, Pomponio Tiziano, ao aristocrata veneziano Cristoforo Barbarigo.
É uma das imagens religiosas mais célebres do extraordinário reportório criado pelos pincéis de Ticiano, onde a figura de Madalena interpreta os mais intensos sentimentos de arrependimento, contrição e esperança na redenção que a sua hagiologia consagrou. Uma lenda diz que o pintor morreu tendo nas mãos esta pintura.