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Património Cultural

Música 3 de março, às 21h00

TEMPORADA BARROCA | PER MONSIEUR PISENDEL


No sábado, dia 3 março, às 21h00 o Museu Nacional de Arte Antiga apresenta mais um concerto TEMPORADA BARROCA | PER MONSIEUR PISENDEL | Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Auditório

Entrada paga

Todos conhecemos, hoje em dia, os intérpretes solistas e as grandes orquestras que se destacam nas programações das principais salas de concerto. Porém, à medida que recuamos no tempo, restam-nos familiares, praticamente, os nomes dos compositores. O fenómeno deve-se à natureza efémera da prática performativa, que antes do surgimento do registo gravado não tinha maneira de se perpetuar. Indo ao encontro dos testemunhos da época, apercebemo-nos da extraordinária importância que tinha a Orquestra da Corte de Dresden no panorama musical da primeira metade do século XVIII. Frederico Augusto I, o Príncipe Eleitor da Saxónia, reuniu aí alguns dos melhores instrumentistas da época. Entre eles destacavam-se Jan Zelenka e, sobretudo, o violinista virtuoso Johann Georg Pisendel, que liderou a orquestra desde 1728 até à sua morte, em 1755. A dimensão internacional do seu prestígio é manifesta nas partituras que lhe foram dedicadas por alguns dos mais importantes compositores da época, tais como Telemann ou Vivaldi, quem conheceu pessoalmente.


PER MONSIEUR PISENDEL | Orquestra Metropolitana de Lisboa

J. G. Pisendel - Concerto a 5 da chiesa em Sol Menor
J. D. Zelenka - Simphonie à 8 concertanti em Lá Menor, ZWV 189
G. P. Telemann - Concerto para Violino, TWV 51:B1, per il Sig.r Pisendel
Anónimo - Concerto em Sol Menor, para dois oboés, cordas e baixo contínuo [atribuído a J. G. Pisendel]
A. Vivaldi - Concerto del Vivaldi fatto per Maestro Pisendel, RV 242

Ana Pereira, Violino e Direção Musical

Próximos concertos da Temporada Barroca:

7 de abril, às 21h00 - Les Nations | Orquestra Metropolinata de Lisboa

G. P. Telemann e J. S. Bach cruzaram-se em Eisenach cerca de 1708 e conheciam bem o trabalho um do outro. O primeiro gozava de maior prestígio, na época, mas o relevo que a História confiou postumamente a Bach contribuiu para que fosse relegado para um plano secundário. Esta tendência tem vindo a ser corrigida mais recentemente, havendo a oportunidade de ouvi-los frequentemente lado a lado, colocando-se em evidência que os legados destes dois grandes compositores não podem ser apreciados em função dos mesmos critérios. Este programa confronta, precisamente, dois universos criativos singulares. O Concerto Brandeburguês N.º 5 e o Triplo Concerto BWV 1044 coincidem no protagonismo da flauta, do violino e do cravo diante da orquestra, mas a preponderância do cravo permite imaginar em ambos a presença de Bach enquanto instrumentista. Já na Suíte «As nações» de Telemann, entra-se no domínio da representação simbólica. Adivinha-se uma cerimónia institucional onde são evocados em modo pitoresco vários países, inclusive Portugal, ao som de… castanholas? 

LES NATIONS | Orquestra Metropolitana de Lisboa

J. S. Bach - Triplo Concerto em Lá Menor, BWV 1044
G. P. Telemann - Abertura (Suíte) em Si Bemol Maior, TWV 55:B5, Les nations
J. S. Bach - Concerto Brandeburguês N.º 5, BWV 1050

Nuno Inácio, Flauta transversal
Alexêi Tolpygo, Violino barroco

Marcos Magalhães - Cravo e Direção Musical


5 de maio, às 21h00 - O Mundo Às Avessas | Orquestra Metropolitana de Lisboa


A. Vivaldi - Concerto para Violino e Violoncelo, RV 544, Il Proteo ò sia Il mondo al rovescio

G. P. Telemann - Abertura (Suíte), TWV 55:G2, La Bizarre
D. Cimarosa - Il Maestro di Cappella, Intermezzo operático

Jorge Vaz de Carvalho - Canto e Direção Cénica

Nuno Abreu, Violoncelo 
Ana Pereira, Violino e Direção Musical


26 de maio, às 21h00 - Fogo - Ar, Água, Terra | Orquestra Metropolitana de Lisboa

O Rei Luís XV também dançava. No último dia de 1721, com apenas onze anos de idade, participou com outros membros da corte na estreia da ópera-ballet Les élémens, no Palácio do Louvre. A composição da música foi repartida entre dois compositores, André Cardinal Destouches e Michel-Richard de Lalande, não se sabendo ao certo a quem pertence cada uma das partes. Para lá da Abertura e das danças expectáveis, incluía quatro «entradas» dedicadas aos quatro elementos que, segundo as teorias acreditadas na época, estão não origem de toda a existência. Neste programa, que junta o maestro finlandês Aapo Häkkinen aos músicos da OML pela quinta temporada consecutiva, temos ainda a oportunidade de escutar outras duas obras verdadeiramente fogosas. A Sinfonia N.º 59 de Haydn chama-se «Fogo» devido à sua impetuosidade dinâmica, mas também por ter sido tocada no entreato de uma peça teatral homónima. Já a Música para os Reais Fogos de Artifício de Händel reporta ao espetáculo de pirotecnia que celebrou no Green Park de Londres o primeiro aniversário do Tratado de Aix-la-Chapelle, em 1749. 

FOGO, AR, ÁGUA, TERRA | Orquestra Metropolitana de Lisboa

G. F. Händel - Música para os Reais Fogos de Artifício, HWV 351
A. C. Destouches / M.-R. de Lalande - Les élémens (Suíte da opéra-ballet)
J. Haydn - Sinfonia N.º 59, Hob.I:59, Fogo

Aapo Häkkinen - Cravo e Direção Musical.

Organização:
MNAA/DGPC
Local:
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa

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